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As certezas são uma ilusão

Entrevista com o filósofo Edgar Morin.

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Jornalismos possíveis, mundos possíveis: uma apresentação sobre o Observatório jornalismo(S)

A discussão que propomos passa ao largo de alguns conceitos que orientam sobremaneira o pensamento sobre jornalismo, já desde meados do século XX, geridos em muito a partir da perspectiva dos Estudos Culturais e de paradigmas comunicativos latino-americanos. Não porque duvidamos de sua relevância. A ideia aqui é mobilizar outras epistemologias (também, outras ontologias) para pensar o trabalho de tradução de mundos realizado pelos jornalistas. Trabalho este que faz proliferar jornalismos no plural, tecido como rede sociotécnica. Assim entendemos o que precipita desta prática profissional. A mirada aqui é a condução de uma epistemologia relacional, a partir da cosmologia dos povos ameríndios. Este é o nosso lugar de partida. Entendemos a epistemologia científica, objetivista, como construída, politicamente localizada. Inspirados pela Virada Ontológica, optamos assim por observar o jornalismo, esse filho da modernidade, a partir de outros modos de ser e estar no mundo, para além daqueles ensaiados no ocidente humanista. A fim de manter um local fértil onde essas discussões pudessem se dar, criamos o Observatório jornalismo(S), incubado no Grupo de Pesquisa Quintais: cultura da mídia, arte e política, do PPGCOM-Ufop. O Observatório surge como um projeto Pró-ativa, executado em 2019, e hoje o concebemos como um espaço desterritorializado de partilha de saberes sobre jornalismos possíveis, mundos possíveis. No Observatório jornalismo(S) o "s" maiúsculo ao fim do nome não deve passar despercebido. É onde lançamo-nos a imaginar jornalismos que traduzam mundos, sobretudo, a partir do encontro com a diferença (humanos e não humanos). Por fim, o Observatório é o local onde damos continuidade às respectivas pesquisas de doutorado: um imaginando um “Jornalismo de Perspectivas”, outro colocando o “Jornalismo em Equívoco”.

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Algorithmic culture

Abstract (European Journal of Cultural Studies): Over the last 30 years or so, human beings have been delegating the work of culture – the sorting, classifying and hierarchizing of people, places, objects and ideas – increasingly to computational processes. Such a shift significantly alters how the category culture has long been practiced, experienced and understood, giving rise to what, following Alexander Galloway, I am calling ‘algorithmic culture’. The purpose of this essay is to trace some of the conceptual conditions out of which algorithmic culture has emerged and, in doing so, to offer a preliminary treatment on what it is. In the vein of Raymond Williams’ Keywords, I single out three terms whose bearing on the meaning of the word culture seems to have been unusually strong during the period in question: information, crowd and algorithm. My claim is that the offloading of cultural work onto computers, databases and other types of digital technologies has prompted a reshuffling of some of the words most closely associated with culture, giving rise to new senses of the term that may be experientially available but have yet to be well named, documented or recorded. This essay, though largely historical, concludes by connecting the dots critically to the present day. What is at stake in algorithmic culture is the gradual abandonment of culture’s publicness and the emergence of a strange new breed of elite culture purporting to be its opposite.

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