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Transliteracia para a cidadania digital

Com o avanço cronológico da modernidade e pós-modernidade, o viés antropocêntrico da tecnologia foi colocado em xeque, congregando ao caráter social a ação de outros actantes não-humanos. Nesse contexto, a própria prática e pensamento sobre a comunicação se altera, já que partia do princípio e dos mecanismos transmissores de mensagens de humano para humano e passa a agregar outros focos de rede que fogem ao olhar humanista. Esta tendência acompanha o campo da educação, movimento que culminou na utilização de um outro termo para designação das habilidades do Século XXI: a palavra “literacia”. Algumas disparidades estão presentes na esfera do termo, que são frutos, também, da emergência do contemporâneo conectado em países com diferentes realidades linguísticas, econômicas, políticas e culturais. A discussão acerca do termo (entre alfabetização, letramento e literacia) é importante, para que sua articulação não seja inapropriada ou mesmo dicotômica, levando em consideração que o estudo do conceito tem como principal objetivo a capacidade de transmissão dos seus princípios e seu potencial de cidadania. A variedade de dimensões e leituras sobre essa perspectiva, contribuíram para a UNESCO expandir o termo de literacia de mídia e informação para o conceito de transliteracy (que pode ser traduzido como Transliteracia). A reboque da tecnologia emergente, a Internet se constitui nesse cenário como uma aparente extensão do mundo real e por isso as literacias digitais se associam com às transliteracias nesse cenário.

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