Ecologias conectivas: a qualidade transorgânicas das interações nos ambientes-redes
As últimas gerações de conexão começaram a pôr em rede não apenas pessoas e tecnologias (social network) mas, também, objetos (internet das coisas) territórios (sistemas informativos geográficos GIS), biodiversidade e qualquer tipo de superfície (Internet of Things), transformando, assim, todos os aspectos da realidade em dados e bits (Big Data) e criando um inédito tipo de ecologia conectiva e transorgânica. Hoje, a Internet não é mais uma rede de computadores e assumiu dimensões globais, digitalizando parte da biosfera e criando uma quantidade incalculável de dados. Os vários tipos de conexão e os diferentes dispositivos de sensorização expressam as formas de um outro tipo de ecologia e de uma condição habitativa que não está mais limitada a uma rede de informações transmitidas por computadores. A Internet não é mais uma rede técnica e não é mais apenas uma rede de pessoas e cidadãos: nos deparamos com o advento de uma nova conexão planetária, mas diferente daquela que uniu o conhecimento da inteligência humana ao mundo, conforme elaborado por obra de P. Levy. As novas formas de conexão que se estabeleceram após as últimas gerações da Internet e que estão digitalizando a biosfera, estão nos transformando de cidadãos e habitantes de cidades, países e nações em habitantes de galáxias de bits. Esse processo alterou nossa condição habitativa, disseminando um novo tipo de ecologia conectiva que se caracteriza como uma arquitetura reticular, dentro da qual cada integrante é, ao mesmo tempo, composto pelo conjunto de arquiteturas de rede informativas e produtor das mesmas. As formas de conexão entre territórios, coisas, pessoas e dados influenciam a mesma ideia de educação e as práticas de ensino, transformando a mesma prática de repasse de informações entre humanos e textos em práticas habitativas e conectivas.
Beatrice Bonami Rosa
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